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100 anos da 1ª Guerra Mundial


Dividida entre dois polos de poder denominados de Tríplice Aliança e Tríplice Entente, o mundo pela primeira vez vivia uma guerra de escala global, onde não apenas havia perdas materiais, e sim perdas sociais. Com mais de 10 milhões de soldados mortos, 13 milhões de civis mortos e 21 milhões ficaram feridos, a guerra durou quatro anos e teve a participação de 17 países.

A guerra terminou oficialmente em novembro de 1918, quando a Alemanha assinou o Armistício de Compiègne, um ano depois mais tarde, assinou o Tratado de Versalhes, na qual era obrigada a reduzir as suas tropas, pagar indenizações aos países vencedores, ceder todas as suas colônias e devolver a Alsácia-Lorena à França. Após estás assinaturas a Alemanha reivindicou que tinha assinado o armistício sob falsos pretextos, já que havia acreditado que seria uma "paz sem vencedores".

Desta forma, tais ações acarretaram em consequências no futuro. Tais como os “anos de ilusão”, no qual tudo indicava a prosperidade e segurança na Europa. A “Liga das Nações” parecia corresponder aos ideais liberais e democráticos que se acreditava terem triunfado, mas teve o seu fim durante a crise de 1929.

O Isolacionismo americano que o manteve afastado dos problemas europeus, no qual reafirmava a negação em assinar o Tratado de Versalhes e da recusa na participação na Liga das Nações. E mais tardiamente vieram as agitações nacionalistas na Palestina, cuja criação de um Lar Nacional Judeu provocou uma grande oposição dos palestinos e árabes.

Os demais grupos sociais buscavam cada vez mais visibilidade pelas novas agendas como meio ambiente, narcotráfico, as novas bases da competitividade internacional, direitos humanos, conflitos étnico-religiosos, entre outros, que haviam ganhado mais visibilidade com o fim da Grande Guerra. Com a nova onda da Grande Depressão, o abandono do Tratado de Versalhes, as pretensões imperialistas da Itália fascista e o avanço Japão sobre a China acabaram fragilizando e finalmente rompendo o equilíbrio internacional e o mundo marchou para a Segunda Guerra Mundial.

No dia em que se comemora o centenário do fim da primeira guerra, mais de 70 líderes mundiais, entre eles estavam presentes o presidente americano Donald Trump, a alemã Angela Merkel, o russo Vladimir Putin, o turco Recep Tayyip Erdogan, além do francês Emmanuel Macron, no qual celebraram em Paris o Centenário do Armistício que selou o fim dos combates entre potências ocidentais e o Império Alemão na Primeira Guerra Mundial.

Ao homenagear os soldados e civis mortos, o presidente francês Emmanuel Macron falou em seu discurso "patriotismo é o exato oposto de nacionalismo. Nacionalismo é traição”. As falas do presidente Macron foram uma crítica velada ao modo pelo qual o presidente norte americano, Donald Trump conduz seus discursos.

De acordo com Herbert Kelman (1997) o nacionalismo, ideologia política que justifica a existência de nações dotadas de soberania, dependeria exclusivamente do patriotismo para legitimar o Estado como a forma de representação e segurança mais viável. Desta forma, os Estados têm que garantir os direitos de todos os grupos sociais pertencentes ao seu domínio.

Cem anos após o fim do conflito que abalou as dinâmicas do cenário internacional, nota-se que os pressupostos idealistas parecem persistir no intrínseco de algumas nações, que procuram reforça os laços de cooperação ao relembrarem episódios sombrios na história que destruíram milhões de vidas.

Entretanto, a nova onde de países que visam autonomia de Organismos Internacionais e buscam obter vantagens com acordos bilaterais é latente e parece consistir num ressurgimento de líderes com ideias de viés realista. Um exemplo deste cenário é o Brexit, que é a retirada do Reino Unido da União Europeia, e a saída dos Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas



Referências:

KELMAN, Herbert. Nationalism, patriotismo and national identitu: social-psychological dimensions. 1997.

FOLHA. Líderes mundiais celebram o centenário do fim da Primeira Guerra em Paris. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/especial/2014/100anosdaprimeiraguerra/. Acesso em: 27 de nov.2018

G1. Líderes mundiais celebram em Paris os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/11/11/lideres-mundiais-celebram-em-paris-os-100-anos-do-fim-da-primeira-guerra-mundial.ghtml . Acesso em : 27 de nov.2018


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