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A vida e a luta de Angela Davis



Angela Yvonne Davis nasceu no dia 26 de janeiro de 1944, na cidade de Birmingham, nos Estados Unidos. Angela nasceu em um período em que vigorava a lei Jim Crow, uma das leis mais segregacionistas dos Estados Unidos, um dos motivos que a fez sofrer inúmeras humilhações em sua cidade natal, causando desde cedo sua indignação pelo sistema racista vigente e o anseio por mudanças na sociedade. Aos 14 anos, recebeu uma bolsa de estudos e foi para Nova York, onde teve acesso a teorias socialistas e comunistas e passou a integrar movimentos que valorizam negros e mulheres.

Na década de 60, se vinculou a diversos partidos, dentre eles o Partido dos Panteras Negras, que ficou conhecido por fazer frente à segregação racial, injustiça social e a violência policial, organizando patrulhas em guetos e defendendo a união e a liberdade negra através de medidas, como o armamento de todos os negros para defesa pessoal, isenção dos negros de pagamento de impostos para correção de injustiças históricas, e libertação de todos os negros da cadeia para promover julgamentos justos, além de participar de forma mais íntima com o Che-Lumumba Club, um braço negro do partido comunista ao qual era filiada.

Embora nunca desistisse de seus objetivos, sua carreira profissional foi comprometida diversas vezes devido a sua ligação ao partido comunista. Seu alto nível de envolvimento com grupos militantes fez com que Angela fosse considerada um perigo a sociedade sendo colocada, na década de 70, na lista dos 10 criminosos mais perigosos do país, chegou a ser condenada e confinada por um crime que não cometeu. A reação à sua prisão foi intensa, e centenas de comitês pela libertação de Angela Davis criaram um verdadeiro movimento cultural por todo o país, cominando com sua libertação após 18 meses de julgamento.

Depois de ser absolvida de todas as acusações, Davis retornou a sua carreira de professora e escritora, produzindo nesse período sua obra mais famosa: Mulheres, raças e classes. Em 1980, foi candidata a vice-presidente pelo Partido Comunista. Em 1991, tornou-se professora na disciplina de História da Consciência na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz e posteriormente foi eleita reitora da mesma em meio a controvérsias, já que seus adversários a acusavam de ser comunista e de ter um passado “sujo”.

Apesar de não ser mais membro do Partido Comunista, Davis segue sendo uma ativista política de esquerda, manifestando-se, em palestras e debates contra a pena de morte além de posicionar-se contra governos ao redor do mundo que possuem políticas de caráter racista.

Em sua militância, que perdura até os dias atuais, Davis aliou questões femininas às causas negras, diferenciando os problemas das mulheres negras do feminismo tradicional, de modo a expandir o debate feminista, e ainda, defende reformas no sistema prisional e contra aprisionamentos injustos.

Negra, mulher, ativista, marxista, feminista e, acima de tudo, lutadora, a professora, Angela Davis é um símbolo de transformação de uma sociedade, sua luta e a suas imposições ao sistema discriminatório contra pessoas negras e pelos direitos das mulheres foram essenciais para o reconhecimento e aceitação das mesmas na vida social e no mercado de trabalho contemporâneo.


Referências:

CARTACAPITAL. Angela Davis e o significado da emaciação da mulher negra. Disponível em. https://www.cartacapital.com.br/sociedade/angela-davis-e-o-significado-da-emancipacao-da-mulher-negra.Acesso em 04 de nov. de 2018

ELPAIS. Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/27/politica/1501114503_610956.html. Acesso em 04 de nov. de 2018

NEXO. Quem é Angela Davis, a Pantera Negra que vai virar filme. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/08/11/Quem-é-Angela-Davis-a-Pantera-Negra-que-vai-virar-filme. Acesso em 04 de nov. de 2018



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